quarta-feira, 6 de abril de 2016

Depoimento de uma querubim iluminada que partipou das oficinas e das entregas de corpo e alma em 2015

Tantos detalhes a discutir, a acertar... Será que este tecido "cunversa"? Cabelos lisos, brancos e muitas franjas (minhas favoritas).
Mas quando estavam todos juntos não conseguíamos eleger o mais bonito. Um mar cor de rosa, flores, bolinhas e xadrez. 
Tantas combinações pra num dia fase de entrega, muito especial, levar os anjos para crianças. E nenhum daqueles tantos cor de rosa foi eleito. 
"Num tem di amarelo, tia"? - lembra disso Mariah?! Essa foi a pergunta da pequena que estava em tratamento no hospital Pequeno Príncipe .
A cada tarde dedicada ao feitio daquele pequeno "remédio", meu coração em oração pedia para que cada anjo daquele encontrasse seu dono e o enchesse de saúde! 
Sim podíamos chamar de remédio, por que era isso que víamos no olhar de cada pessoa que recebia. Era como se estivéssemos ingetando direto no coração a dose certa de esperança, mesmo que fosse apenas para aquele dia. 
Confesso que cada ida a um hospital me custava. Sempre repetia, me mande fazer, mas não sirvo pra entregar. Parecia que eu não era suficientemente capaz de exercer aquela etapa. Foi numa das últimas entregas que uma força maior me empurrou pra dentro daquele hospital e a pessoa a receber veio ao meu encontro. 
"Eu estava esperando você chegar com meu anjo da guarda. Ele vai me proteger ,não sei por quanto tempo,mas sei que vai!". E você se entrega a um abraço de "cura", que é isso também que carregamos conosco. 
São lágrimas que brotam dos olhos da gente, de pacientes, das enfermeiras, de tantos outros que nos encontram nos corredores. Mas também são lágrimas de alegria por ter podido, nem que fosse só naquele dia, ter feito um anjo voar e repousar num braço de quem pedia. 
Que eles continuem voando, levando, alento, carinho, paz e saúde para aqueles que tanto precisam. Karin Perdigao

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